A obesidade é uma doença crescente, as últimas pesquisas realizadas pelo IBGE mostraram que os índices de excesso de peso mais do que dobraram entre os adultos, em 17 anos de pesquisa . Mas, e as nossas crianças o que as pesquisas mostram?
Dados da pesquisa Nacional realizada pelo IBGE , no período de 2019, apurou que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso; 9,38% com obesidade; e 5,22% com obesidade grave. Entre os adolescentes a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, mostra que 19,4% dos nossos adolescentes estão com excesso de peso , sendo 6,7% em obesidade. A maior prevalência nas meninas (8%) em comparação com os meninos (5,4%).
Quais os fatores que causam a obesidade?
Os principais fatores de risco que levam à obesidade passam por genética, e também fatores ambientais e comportamentais, com destaque para o estilo de vida, ligados as escolhas alimentares e sedentarismo.
Falando das escolhas alimentares, os industrializados como refrigerantes, salgadinhos, biscoitos estão sempre presentes nas refeições das crianças, colaborando com a ingestão de muitas calorias e poucos nutrientes essenciais para o bom desenvolvimento e a manutenção de peso saudável.
O sedentarismo vem logo em seguida devido ao uso de telas durante o dia ao invés de brincadeiras que proporcionam a prática de atividade física.
Quais os riscos ?
A obesidade é uma doença e pode comprometer muito o estilo de vida. O excesso de peso pode comprometer os padrões bioquímicos como :a glicemia ( taxa de açúcar no sangue) , o colesterol e triglicerídeos, algo que é bem comum mesmo na infância.
Uma criança obesa, tem maior probabilidade em se tornar um adulto obeso e em desenvolver doenças crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares , problemas ortopédicos, distúrbios psicológicos . Estudos mostram também o risco ao longo prazo , como a dificuldade em executar tarefas simples como : amarrar o cadarço e subir alguns lances de escada. Um estudo efeito pela University College London (UCL), na Inglaterra, mostrou que indivíduos obesos na infância têm 78% de chance de ter alguma debilidade física funcional aos 50 anos.
Como podemos evitar o excesso de peso na infância?
Primeiro e mais importante é entender que a alimentação da criança é a alimentação da família. Quando já há um excesso de peso todos precisam apoiar a criança , a família precisa promover um ambiente para a mudança de hábitos, como : estabelecer uma rotina, estimular brincadeiras que proporcione o gasto de energia, adquirir e preparar alimentos in natura e pouco processados.
É importante dizer que a criança obesa não precisa de dieta restritiva e sim melhorar o padrão alimentar.
Fazer trocas saudáveis também favorecerá uma boa alimentação como:
O cuidado com a alimentação desde a introdução alimentar facilitará também a adesão de hábitos saudáveis na infância. Incentivar e promover a alimentação saudável para a criança de hoje estará promovendo saúde para o adulto de amanhã.
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Nutricionista Ana Paula de Freitas
CRN3.33103
Referências consultadas:
Abeso. Org
Ministério da Saúde
IBGE – Pesquisa Nacional de Saúde , 2019